sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A crise de 2008

Na ultima postagem falei de uma crise que tive em 2003. Mas em Dezembro de 2007 comecei com uma bem pior. De repente uma tosse surge do nada, me tirando o sono, me fazendo passar noites sem dormir me alertando de que algo terrível estava pra acontecer. Então logo, fui a um medico, tomei antibióticos, xaropes, antialérgicos e tudo mais o que eu podia tomar.
Mas nada fazia passar, entrei Janeiro com essa tosse. Foi quando fui à emergência de um hospital e lá fui encaminha para internação. Fiquei mais ou menos uma semana em quarto comum, tratando com antibióticos. Cada vez eu piorava mais, ficava com mais falta de ar. Cheguei a fazer pulsão na garganta (um exame terrível). E incrivelmente não foi diagnosticado nada. Até que uma tarde eu já estava passando do meu limite e não conseguia respirar, por sorte ou por ação divina havia um hematologista no andar que a pedido da minha mãe foi me examinar. Ele disse que eu precisava ir urgente para o CTI. Nesse mesmo dia eu fui encaminhada para lá, tive muito medo, novamente um medo de morrer. Lembro que quando estava entrando na unidade prometi a minha mãe que voltaria. Mas o pior aconteceu, nessa noite tive uma parada cardiorespiratória e precisei ser entubada. Mas disso eu não lembro, só lembro de estar sentindo muita falta de ar de repente apagar. Mas sei que fiquei muito grave, fiquei em coma induzido por 14 dias, depois fui traqueostomizada. Nesse tempo em que fiquei entre o coma e a lucidez tive muitas alucinações. Imaginava que coisas terríveis estavam acontecendo comigo. Acho que um dia ainda conseguirei falar sobre isso, pois agora não saberia sequer relatar esses devaneios.
Bem, fui melhorando, fui acordando mais, fui ficando mais lúcida. Até que voltei para o quarto. Esse tempo não passava, ainda fiquei bastante tempo no quarto até ter alta. Foi sem a menor duvida a pior fase da minha vida. Agora estou muito bem, claro que tenho muitos medos, tantos que não saberia enumera-los. Mas acho que aprendi muita coisa com isso.
Meu hematologista Dr. Paulo Ivo disse que o que eu tive foi uma Síndrome Torácica Aguda (STA). Ele também falou que é rara a sobrevivência nesses casos. Mas eu fui forte e sobrevivi, não sei, mas acho que a promessa que fiz a minha mãe, tinha que ser cumprida, então eu voltei.
Quero agradecer aqui a todos que sempre estiveram ao meu lado, amo todos vocês.
Na Primeira: A única foto que eu deixei tirar no hospital.
Na Segunda: Foi no dia da festa surpresa que minha família fez pela minha recuperação.

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